Shaman: retroceder jamais

Olá galera, tudo bem?
Eu espero que sim. Bom, eu sou a Juliana e sou a nova colunista daqui(hehehehehehe)!!!!!!!!!!!
Bom, no meu 1 ºpost estou colocando uma matéria que eu achei muito legal, pois eles falam da dificuldade que foi gravar o 1º Cd, entre outras coisas que eu achei muito legal.
Espero que tudo dê certo por aqui!!!!!!!!!!!!!!!
Bom, deixa eu ir!!!!!
Beijos e abraços para quem está lendo:

Juliana da Cruz Guilherme


Shaman: retroceder jamais
Fonte: ROCK ONLINE - 28/11/2003
Por Lizandra Pronin

COM APENAS 3 ANOS DE VIDA e um único álbum, o Shaman já é uma das maiores bandas Heavy Metal do Brasil. Essa ascensão quase que meteórica, entretanto, não aconteceu por acaso. Mesmo composta por músicos experientes, dissidentes do Angra, o Shaman teve que trabalhar duro para conquistar o reconhecimento do público e da mídia, onde ainda tem alguns desafetos.

EM ENTREVISTA EXCLUSIVA para o Rock Online, os integrantes do grupo contaram as dificuldades enfrentadas, histórias da produção de "Ritual", os planos futuros e os detalhes sobre o primeiro DVD, que chega às lojas em breve. Com vocês, SHAMAN.

Para iniciar essa entrevista, é possível fazer um breve balanço desses 3 primeiros anos de banda?

Ricardo Confessori: Foi uma luta desde o início porque começamos praticamente do zero, eu, André e o Luís e depois veio o Hugo, que sempre ajudou a gente e acabou se tornando um membro da banda. A partir daí, tudo foi acontecendo mais ou menos do mesmo jeito que vínhamos fazendo com o Angra, o que foi uma surpresa para nós. Fizemos uma turnê tão longa quanto estávamos acostumados, lançamos o álbum pelas mesmas gravadoras, menos aqui no Brasil que saiu pela Universal, até chegar na gravação do nosso primeiro DVD.

Hugo Mariutti: Como o Ricardo falou, não esperávamos todo esse sucesso já no primeiro disco, com todos os shows lotados e tanta repercussão no mundo inteiro. Eu agradeço a oportunidade que estou tendo já que essa é a primeira banda grande da qual eu faço parte e pra mim é uma honra estar tocando com eles três.

Houve alguma dificuldade no início do Shaman que fez vocês pensarem em desistir, ou algo parecido?

André Matos: Retroceder jamais! Houve momentos difíceis, sem dúvida nenhuma. Todo o processo de gravação do "Ritual" foi muito difícil. Nos reunimos para compor sem ter muita certeza do que viria pela frente, tanto do ponto de vista musical quanto das gravadoras. Não sabíamos se iriam querer lançar o disco, enfim, aquela insegurança que todas as bandas passam. As pessoas acham que nós nascemos em berço de ouro, que sempre fomos grandes, e não é verdade. Pastamos bastante de novo, até mais do que eu esperava, mas foi bom pra aprender, pra darmos valor às coisas de verdade.

Luis Mariutti: É, foi como resgatar aquele espírito que a gente tinha lá no passado, com 18, 20 anos, a vontade de estar tocando, a energia da banda e tudo mais. A gente tinha perdido um pouco disso nesses anos de Angra.

Ricardo Confessori: Teve um momento que eu me lembro que desanimou bastante e nos deixou deprimidos, que foi a descoberta de que já havia uma outra banda com o mesmo nome que a nossa. Recebemos muitos e-mails e telefonemas de pessoas influentes do meio alertando sobre esse fato, mas já estávamos apostando tudo em "Shaman". Como mudar ia ser muito complicado, começamos a pesquisar isso mais a fundo e chegamos a conclusão de que éramos os únicos que possuem essa marca. Shaman tem um monte por aí, achei um até na Sibéria. Um outro momento bem ruim também foi a despedida do nosso ex-empresário Paulo Baron. Foi meio triste nos separarmos dele, mas precisamos para entrar numa agência maior, com um esquema melhor. Há males que vem pra bem.

André Matos: Essa foi a primeira vez na vida que sentimos pena em ter que deixar um empresário. Mas eu acrescento nessa resposta o tempo que a gente passou na Alemanha gravando o "Ritual", que foram brabos (risos). Tem gente que acha que vida de artista é luxo e tal, mas não tem porra nenhuma disso. Na verdade é todo mundo viajando de classe econômica, pegando trem, chega lá é aquele puta frio, temos que ficar numa pensão cheia de pulgas (risos). E ainda o dono da pensão regulava o aquecedor, ou seja, eu acordava no meio da noite com um frio de menos10 graus. Aí íamos de manhã bem cedo para o estúdio do Sascha (Paeth, produtor), que é meio rústico, já que fica no meio do mato e também muito frio. Até o aquecedor funcionar demorava umas duas horas. A gente comia uns enlatados...foi esquema exército. Mas isso disciplina bastante.

Luis Mariutti: Mas quando a gente sai em turnê recompensa tudo isso. Poder tocar por aí depois é a parte boa disso tudo.

A Ritual Tour correspondeu às expectativas da banda? Como foram os shows na Europa?

André Matos: A turnê teve os seus altos e baixos. Tivemos momentos de glória não só no Credicard Hall em São Paulo, mas também no Ceará Music, Abril Pro Rock, os encontros de motoqueiros...

Luis Mariutti: A turnê começou estranha e foi melhorando. A gente foi pra estrada sem o disco ter sido lançado aqui no Brasil, então os primeiros shows foram difíceis. Nos 3 primeiros a gente até ficou na dúvida se ia rolar mesmo porque não tinha ninguém pra assistir (risos). Mas aí o "Ritual" saiu, a música começou a tocar na novela, na rádio, começou a melhorar, até que chegou nesse ponto do Credicard Hall. Na Europa foi legal, mas também foi um recomeço. Tivemos ótimos shows lá em Paris, Lion, Madri, Milão...

André Matos: É, nós tocamos muito em clubes, lugares menores, com platéias de no máximo mil pessoas. Mas foi legal exatamente por isso, todo mundo ficou bem impressionado e agora a gente ta esperando a coisa engrenar mais na Europa. As pessoas nesse meio ainda são muito conservadoras e demora um tempo até eles descobrirem que o som que a gente faz hoje é diferente do que tocávamos no Angra. Agora em 2004 a gente já está escalado para os grandes festivais por lá como o Gods Of Metal na Itália, o Viña Rock e o Metal Mania na Espanha, o Bang Your Head e o Wacken na Alemanha e o Swedish Rock Festival na Suécia.

Por que o Japão ficou de fora da turnê? Ficou faltando algum outro lugar que vocês gostariam de ter tocado?

André Matos: No Japão nós fizemos uma turnê promocional antes do lançamento do álbum e rolou só um showzinho acústico. Mas recusamos a turnê lá para fazer o Nordeste do Brasil.

Ricardo Confessori: Também recusamos uma data na Grécia para nos dedicarmos na produção do DVD. São os dois lugares que nós não fomos, mas com certeza iremos quando sair o segundo disco.

Luis Mariutti: Acho que seria interessante também fazer na Rússia, Hungria...nesses lugares onde a gente sabe que o público é bom.

André Matos: Tem ainda os outros países da Ásia como Coréia, Tailândia, Indonésia e também na América do Norte, que a gente não sabe ainda muito bem como é o mercado por lá.

Sobre os projetos paralelos e outras bandas das quais os integrantes do Shaman fazem parte, eles continuam? Há previsão de novos lançamentos para eles? Dá para conciliar o tempo entre o Shaman e outros projetos?

Ricardo Confessori: Eu tenho muitas idéias, estou sempre compondo, mas tudo o que eu faço quero mostrar primeiro para os meus amigos aqui para ver se serve para o Shaman. Eles autorizando, eu uso em outros projetos. Mas tem aí também o Henceforth que tá saindo, o Virgo...

André Matos: É, quando der tempo eu faço um "Virgo nº2".

Luis Mariutti: O Virgo e o Lino, o novo integrante da banda (risos).

Hugo Mariutti: O Henceforth eu não sei quando vai sair, mas pelo menos já está pronto, só falta mixar.

André Matos: Vale lembrar que agora o Luís Mariutti é o novo baixista do Henceforth.

Para quando é o lançamento do primeiro DVD, "Ritualive", que vocês gravaram no show em SP (Credicard Hall)? Além do show, o que mais o DVD irá trazer?

Ricardo Confessori: Deve sair no fim de Novembrou ou começo de Dezembro. O público pode esperar o melhor DVD de Metal nacional.

André Matos: Palavras do vice-presidente da Universal Music: "Não existe nada melhor no mercado. Vocês estão de parabéns, está maravilhoso".

Luís Mariutti: O DVD demorou, mas está com uma qualidade muito boa. Foi bem filmado e o som está muito bem mixado. Vai ter o show do Cradicard Hall em São Paulo, além de um 'making of' de quase 20 minutos, cenas de quase todos os shows da turnê, do dia a dia da banda, o clipe da "Fairytale" e da "For Tomorrow", as participações especiais do Helloween, do Tobias Sammet...

André Matos: Tem também outras sessões como a galeria de fotos, com imagens inéditas, mas é importante frisar o lance do som. A gente está trabalhando não só com o 5.1 Surround, que é o quadrafônico, como também com o DTS, que é aquele som do cinema. Estamos trabalhando muito nesse DVD para fazer realmente o melhor.

Ricardo Confessori: São aproximadamente duas horas e está saindo também, separadamente, um CD de 76 minutos que contém 12 músicas desse show, uma faixa interativa retirada do DVD, além de um livreto cheio de fotos. Quem está se preparando para as compras de Natal ou amigo secreto, já pode reservar (risos).

André Matos: E tem também uma surpresa nesse DVD, o chamado Easter Egg. O pessoal vai ter que descobrir como é que acessa isso, está escondido.

Ricardo Confessori: A gente vai dar pistas no nosso site e para quem não conseguir vamos acabar entregando o ouro mais pra frente (risos).

Sobre o próximo álbum, quando começam as gravações?

Ricardo Confessori: Por enquanto estamos trocando CDs, cada um mostrando suas idéias. Iremos nos reunir na segunda semana de Janeiro e esperamos que em Março o Sascha venha para o Brasil pra gente fazer a pré-produção e já iniciar as gravações por aqui mesmo. A nossa intenção desta vez é gravar o máximo possível no Brasil e fazer lá fora somente a mixagem e algumas trilhas de orquestras e coisas do tipo. A previsão é que tudo fique pronto em Junho e saia em Agosto ou Setembro.

Ele seguirá a mesma temática (xamanismo) do primeiro?

André Matos: Ainda não sabemos, é muito cedo para dizer. Temos que juntar as idéias e começar a compor para saber que cara isso vai tomar. Mas, evidentemente, a sonoridade do Shaman já foi definida com o "Ritual".

Gostariam de deixar alguma mensagem aos leitores do Rock Online?

Hugo Mariutti: Gostaria de agradecer a todos os nossos fãs pelas votações nas revistas, inclusive nas revistas que não gostam do Shaman. Todos os programas que a gente vai na TV ou rádio acaba sendo o recorde de e-mails... gostaria de mandar um abraço a todos os fãs do Shaman.

André Matos: Queria dizer que é muito legal estar em contato com vocês novamente. Muito obrigado ao Rock Online, ao Território da Música, ao site For Tomorrow e a Universal Music pelo apoio. Obrigado também a todos os veículos de comunicação que não são tendenciosos. Valeu