ALÔ DA ANGEL!
Olá Pessoal!!!
Antes de tudo quero mandar um "alô" a todos e dizer que é um prazer compartilhar com vocês a admiração pelo Shaman. Espero conseguir sempre acrescentar e fortalecer este blog a cada dia!!!

Chega de "chorumela"!!!

Vamos ao que interessa!!!!

Vou inaugurar meus post's com minha foto com o André Matos no show em Ribeirão Preto (Dezembro/2003).
Eu tinha cortado esta foto por não ter autorização prévia para publicação da imagem (rs).. Mas agora ele já aprovou, tá ai a foto inteira, e de quebra, o Fábio também, no cantinhoAbaixo segue uma entrevista feita pelo
André Matos com o
Andi Deris (vocalista) e
Michael Weikath (Guitarrista) do HELLOWEEN!!! (Junho/2003)
Fonte:
http://www.andheavymetalforall.com.brAndi Deris (vocalista) e Michael Weikath (guitarrista) do grupo alemão Helloween, uma das maiores bandas de heavy metal do mundo, passaram pelo Brasil para divulgar seu mais novo álbum, "Rabbit Don't Come Easy". Eles aproveitaram a visita ao país e fizeram uma participação especial no show da banda Shaman. E é o próprio vocalista André Matos, quem entrevistou o Helloween na língua materna dos caras. Confira aqui a transcrição da entrevista que foi ao ar no dia 21/05/2003 em um especial da banda, no Riff MTV:
André Matos: O que vocês pensam sobre o público brasileiro? É sabido que aqui no Brasil o Helloween é muito popular, comparando com outros países como o Japão.
Andi Deris: Sim, o público brasileiro certamente é o máximo - e isso você sabe melhor do que a gente. Ontem, por exemplo, fizemos uma festa divertida com os fãs, enquanto rolava o "Listening Session" do novo disco. Eles são todos tão gentis. Muito legais... Você não tem stress, não precisa de seguranças, pois ali estão apenas garotos e garotas que gostam realmente de você.
Isso é muito legal; no Japão a gente precisa realmente de toda a estrutura de seguranças por toda parte, esse tipo de coisa...O que faz tudo ser muito impessoal,você acaba se tornando muito diferente deles e sendo aquele que é sempre observado. A vida real não é assim, como você mesmo sabe. A coisa é bastante única no Japão. No Brasil, é realmente um tesão, pois você pode andar na rua com os fãs.
André Matos: Como é a cena rock/metal na Alemanha? Vocês conhecem algo atual ou não?
Andi Deris: Bem, o que seria realmente novo não apareceu nos últimos anos. As coisas mais novas seriam sempre ainda o Rammenstein ou Guano Apes.
André Matos: Mas, por exemplo, você já ouviu Rammenstein? O último disco, por exemplo?
Andi Deris: Sempre muito impressionante, mas ao mesmo tempo muito estranho pra mim.
André Matos: Bem, o que vocês acham do New Metal americano em geral?
Andi Deris: Em princípio, isso parece uma estratégia de venda. O grunge não funciona mais, rap funciona, então agora eles pegam o grunge e colocam rap em cima e isso é o New Metal. Fazem tudo mais pesado e mais agressivo, não sei.
André Matos: Você acredita que isso tem realmente algo a ver com Metal de alguma maneira, ou não?
Andi Deris: Claro que não, como eu disse, isso é uma estratégia de vendas. Não é mais que isso! Isso é algo que é calculado em cima de uma mesa, toma-se o grunge, que já funcionou muito bem e o rap, que funciona de maneira estranha, pois ninguém nas gravadoras entende por que faz tanto sucesso.
Mas, honestamente, escutamos há 20 anos a mesma coisa! Tudo muito chato e cansativo, e você pode enganar as pessoas facilmente com isso: você simplesmente toca algumas vezes no rádio e, quando você ouviu suficientemente, as pessoas vão lá e compram, pois elas pensam que o que toca no rádio elas vão gostar.
André Matos: Vocês acham que o Helloween é o pai do Metal Melódico?
Andi Deris: Metal Melódico?
André Matos: Porque aqui no Brasil, é bastante normal rotular esse tipo de música como "metal melódico". Eu pessoalmente acho isso uma merda, mas...
Andi Deris: Metal melódico rápido, talvez...
André Matos: O que seria Metal Melódico, então?
Andi Deris: Isso começou com o Priest...
Michael Weikath: Sim!
André Matos: Por que vocês escolheram esse título para seu novo disco, "Rabbit Don't Come Easy"? O que quer dizer isso, de fato?
Andi Deris: Isso vem de um velho provérbio inglês, "Putting rabbits out of the hat", ou "Quando você tira algo da manga". Seria o equivalente em alemão. E, na verdade, depois de toda a merda que aconteceu com o Mark, nosso baterista, que ficou muito doente, com mononucleose, e que poderia ficar de alguns meses até um ano parado, veio o Markus, baixista, e disse: "Esse coelho não vai sair tão fácil da cartola." e o Michael imediatamente traduziu isso pro espanhol.
André Matos: Em espanhol?
Andi Deris: Sim, espanhol: "Conejo no viene facilmente". O que, na sua concepção, seria: "Pussy doesn't cum easy."
Bom, era isso então. Nós procuramos então um título com o qual todos pudessem ver que isso era definitivamente como "Happy Happy Helloween", dos caras bonzinhos e não a viagem do "Dark Ride". Ou seja, nenhuma referência ao último disco.
André Matos: Como foi toda a história com o seu baterista, e como se deu a gravação da bateria?
Andi Deris: Mark já estava conosco há um ano? Sim.
André Matos: Antes ele tocava com qual banda?
Andi Deris: Metallium. Chegou a tocar um pouco com o Ian Gillan anteriormente. Ele era super legal, quer dizer, ainda é, e as pessoas diziam que o grupo estava bem forte de novo com esse baterista, nós ensaiamos durante 6 semanas em Hamburgo, foi tudo muito bem desde o início, nós nos divertimos muito.
Como disse, ele tocou 2 músicas no estúdio, "Don't Stop Being Crazy" e "Listen to the Flies", e de repente tudo acabou: ele se sentiu mal depois de alguns minutos tocando e mal conseguia levantar do sofá. Nós chamamos o médico e pensávamos que ele estava só com uma gripe forte. Mas depois de três dias, o teste de sangue esclareceu tudo, ele tinha esse terrível vírus... Nós não nos desesperamos pois o médico disse que haveria talvez uma chance de que em 4 ou 5 semanas... De fato há pessoas que regeneram em 4 ou 5 semanas... Ele poderia também, mas como iríamos ter certeza?
André Matos: Então vocês esperaram as 4 semanas?
Andi Deris: Então, nós chamamos o Mickey e o plano era que ele tocasse 5 músicas, mais as duas que o Mark tocou: isso nos daria 7 músicas para terminarmos, e com isso, o Mark poderia voltar em 4 semanas e tentar novamente. De preferência já curado. Esse era o nosso plano mestre.
Bom, então o Mickey voltou pra casa, e torceu conosco pra tudo dar certo. O Mark voltou e, na verdade, eu achei que ele estava pior do que antes. Ele quase não conseguia se mover na bateria.
André Matos: Então o Mickey tocou todo o resto...
Andi Deris: Então telefonamos para o Mickey mais uma vez e dissemos: "Desculpe camarada, mas você vai ter que vir mais uma vez". Ele gravou 5 músicas em 3 dias sem conhecê-las antes.
André Matos: E como é isso? Mickey toca no Motorhead... Ok, também é Heavy Metal, mas é algo completamente diferente.
Andi Deris: Mas ele tocava antes com o King Diamond, que musicalmente é mais parecido conosco.
André Matos: Então ele se encaixou bem?
Andi Deris: Totalmente!
Michael Weikath: Ele é animal. A história é: ele sentou-se no estúdio e começou com "Just a Little Sign", uma música bastante rápida. Quando ele ouviu as demos, disse: "Não sei se ainda consigo fazer isso, mas tudo bem, vou tentar". Então ele começou a tocar e no meio da música, jogou as baquetas para o alto e, como uma criança pequena, com os olhos arregalados, gritou: "Eu ainda consigo!" E então começou a tocar.
André Matos: Qual a idade dele?
Andi Deris: 36 ou 37... Ele nos lembrou o baterista do Muppet Show! Não, ele é realmente fantástico.
André Matos: E quanto à participação de vocês no show do Shaman, também juntamente com o Sasha Paeth e o Tobias Sammet? A gente se conhece há muito tempo.
Andi Deris: Sim, isso é demais... sempre muito divertido para todos no palco, mas o que eu acho mais importante é que isso é o Metal e nós podemos nos ajudar lado a lado, e isso é importante que os fãs vejam. É fundamental que essa concorrência e merda acabe, pois eu acho que nós podemos nos ajudar muito mais em vez de ficar atrapalhando os outros.
Não quero dizer nós, no nosso caso, mas você vê o que rola no meio metal aí fora. Um fala mal daquela banda, o outro fala mal de outra banda. Esses são apenas os babacas do Metal Melódico ou aqueles são os Black Metal anti-sociais, e eu digo simplesmente: "Ei, pare com isso." Aqui está o Dimmu Borgir, aqui está o Halloween. Claro são estilos diferentes, mas são todas bandas ótimas, temos que estar felizes de ter essas bandas de Metal. Tudo bem, mas acho que sobre o Metallica acho que posso discordar...
André Matos: Finalmente, quando poderemos vê-los em turnê aqui no Brasil?
Andi Deris: Setembro!
André Matos: Setembro? De verdade?
Andi Deris: Sim.
André Matos: Tá confirmado?
Andi Deris: Não realmente, mas na nossa agenda isso seria no fim de agosto, depois do Oriente, Europa e então América do Sul.
André Matos: Vocês vão tocar no festival Wacken?
Andi Deris: Espero que em 2004, pois esse ano nós não queremos tocar em nenhum festival. Pra poder ter mais músicas.
André Matos: Você tem o seu próprio estúdio na Alemanha...
Michael Weikath: Ele tem!
André Matos: Na Alemanha não, em Tenerife, quero dizer...
Michael Weikath: Ele tem, ele tem.
Andi Deris: Sim, em Tenerife.
André Matos: Quanto você cobra por hora? Eu gostaria de ir lá gravar.
Andi Deris: Por hora? O ar de lá faz bem pra voz. Nós podemos combinar isso depois [risos].
André Matos: Bom, a gente tem que se despedir agora, divirtam-se no Brasil e a gente se vê!
Andi Deris e Michael Weikath: Obrigado, tchau!
(Por Redação mtv.com.br - Fonte: MTV Brasil)
Felipe editando: Vale lembrar que essa entrevista é facilmente conseguida em vídeo pelo KaZaA ou outro fileshare.